«Ou há uma justificação muito forte para o que aconteceu ou há incompetência.»

 

 PSD preocupado com corte de dez por cento no FEF

 

 

“Câmara não se pode dar ao luxo de perder 1,3 milhões de euros por não cumprir a lei”

 

 

 

O PSD considera "muito grave" que a Câmara Municipal de Lousada tenha ultrapassado, pelo segundo ano consecutivo, o limite de endividamento líquido permitido por lei. Em conferência de imprensa, o líder da concelhia social-democrata, Agostinho Gaspar, afirmou que a autarquia "não se pode dar ao luxo" de perder mais de 1,3 milhões de euros num orçamento que já era restritivo.

 Vai, por isso, pedir explicações à maioria socialista no executivo municipal, até porque teme que a penalização imposta pelo Governo leve à implementação de medidas de austeridade para além do já aprovado aumento dos tarifários do lixo, água e saneamento e do corte na verba a transferir para as juntas de freguesia.

 

Vereadores vão pedir explicações à maioria socialista.

 

O Governo anunciou, tal como o VERDADEIRO OLHAR noticiou, um corte de dez por cento na verba referente ao Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) a transferir para Lousada. Na base desta decisão está o facto de a Câmara lousadense ter ultrapassado em 2011 e 2012 o limite de endividamento líquido.

Agora, é a estrutura local do PSD que vem mostrar-se muito preocupada com esta penalização imposta pela administração central e que significa uma perda de receita superior a 1,3 milhões de euros. "O orçamento já era muito limitado e, com um corte de dez por cento no FEF, a situação agrava-se", afirmou, nesta segunda-feira, Agostinho Gaspar.

 

Segundo o presidente do PSD/Lousada, esta perda de receita já obrigou a Câmara Municipal a diminuir para metade as verbas a transferir para as juntas de freguesia e a aumentar os tarifários do lixo, água e saneamento. "Mal são eleitos a primeira coisa que fazem é aumentar estas taxas. Vai haver um aumento de um por cento na taxa dos resíduos sólidos urbanos e de dois por cento na taxa de água e saneamento", revelou Agostinho Gaspar.

 

 

 

 

Para o dirigente social-democrata, esta situação é ainda mais grave por não ter havido "nada de especial realizado" nos anos de 2011 e 2012. "Vamos pedir explicações ao executivo e consultar as ordens de pagamento para tentar perceber este desvio", anunciou Gaspar, para quem o município está a "desmazelar-se com algo que tem efeitos muito sérios". "Temo que mais aumentos e novos cortes possam surgir.

 

Ou há uma justificação muito forte para o que aconteceu ou há incompetência", acrescentou.

 

Para o também vereador, a "Câmara não se pode dar ao luxo de perder 1,3 milhões de euros por não cumprir a lei" e colocar em causa, devido a "uma má gestão autárquica", os "apoios sociais e o desenvolvimento das freguesias".

 

IN VERDADEIRO OLHAR

publicado por José Carlos Silva às 18:48 | link do post | comentar