Da liturgia
Há na liturgia do acto político uma premência: seriedade na sua prática, pois a sua não efectivação torna-a numa descontinuidade, fazendo do seu discurso um vazio ensurdecedor. E redundando numa outra dura realidade: mais de duas décadas de poder conduzem ao despudor de ousar insinuar a negação do direito à luta pela alternância democrática por esse mesmo poder. Ironia! Que sina!
O melhor de uma democracia é dispor de liberdade e ter o imperioso dever de almejar, ousar, cobiçar, sonhar ser alternativa a um poder que se pretende eternizar a todo o custo.