Sábado, 30.07.16

E nunca esqueças: os filhos dos perdedores vão querer derrotar-te

Quando te sentires seguro no castelo conquistado, vela, cuida pelo teu quotidiano, pois em cada esquina há mil olhos para te derrubarem. Cumpre a serenidade dos dias, caminha sempre como se caminhasse para o poder; nunca mergulhes no engano. Enfatizo: conquistado o poder guarnece os flancos, pois o esplendor do poder limita o discernimento.

E nunca esqueças: os filhos dos perdedores vão querer derrotar-te; e se não forem eles, serão os filhos dos filhos. Demora, mas vencerão. Não esqueças: o filho de um perdedor juntamente com os filhos dos outros perdedores,reunirão os guerreiros que farão a caminhada para o poder. Por isso, nas tuas mãos reside a sageza do não poder. Neste contexto manda a regra número um é: dar aos perdedores a ilusão que também são poder. Isto é, tê-los ao teu lado, nunca longe, pois as ovelhas devem estar sempre com o seu rebanho

Assim, tudo dependerá de ti, só de ti.

José Carlos Silva

 

publicado por José Carlos Silva às 09:50 | link do post | comentar
Segunda-feira, 04.07.16

Um dia vão querer medalhar-me por nunca me ter calado, por sempre ter dito não àquilo que considerei menos bem ou mal, por sempre ter defendido os meus ideais. É isso que eles me dirão.

 
 

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Um dia vão querer medalhar-me. Um dia vão querer honrar-me em nome do meu desassombro e da minha coragem para o combate, para a luta, em nome dos meus ideais, da liberdade, das liberdades, do bem, da igualdade e da justiça. Um dia vão querer medalhar-me por nunca me ter calado, por sempre ter dito não àquilo que considerei menos bem ou mal, por sempre ter defendido os meus ideais. É isso que eles me dirão. É nisso que eles quererão que eu acredite que seja a principal razão, a verdade perfeita. Mesmo que não o seja. E não o será. Claro que não o será. A razão para quererem um dia espetarem uma medalha no meu peito é não admitirem, mais uma vez, que concordam com a minha verdade, uma ínfima parte dela que seja. Não concordam.

Medalhar-me vai ser a tentativa vã de corromper-me, de suavizar o peso de toda a verdade, do impacto da verdade escrita ao longo de todos os anos. Será quase como uma lavagem do efeito direto da verdade na opinião dos outros. Pois, o que pensarão os outros de um homem livre que sobe a um palco e se deixa seduzir por uma medalha, um aperto de mão, umas palmadas nas costas, uns breves elogios e uma saraivada de aplausos? O que pensarão os outros? Mais um daqueles que afirmou, anos e anos a fio, ser impoluto e imune a tudo e a qualquer intenção, menos a uma medalha. O que diz a raia miúda? É igual a esses badamecos que vivem para honrarias, para o poder, para viverem do poder. Esse poder não honrará, não o medalhará, não projetará. Pelo contrário, a medalha, o momento, a festa que lhe farão, será a festa desse mesmo Poder, dos detentores desse Poder e ele não passará de um mero figurante.

Um dia vão querer medalhar-me. Nesse dia não posso esquecer-me que a festa não será minha, mas dos detentores do Poder.

publicado por José Carlos Silva às 11:40 | link do post | comentar

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